sexta-feira, 6 de julho de 2007

TECIDO ÓSSEO

Funções
 É o constituinte principal do esqueleto
 Serve de suporte para as partes moles e protege órgãos
vitais (caixa craniana e coluna vertebral)
 Aloja e protege a medula óssea, formadora das células
do sangue
 Proporciona apoio aos músculos esqueléticos
 Depósito importante de cálcio, fosfato e outros íons,
armazenando-os e liberando-os de maneira controlada,
para manter constante a concentração desses
importantes íons nos líquidos corporais
Composição
 Células
- osteócitos
- osteoblastos
- osteoclastos
 Matriz Óssea
Matriz Óssea
 É formada por uma porção mineral que confere dureza
ao osso e uma porção orgânica que lhe dá certa
flexibilidade
Porção Mineral: representa 50% do peso da matriz
óssea. Seu principal componente é o fosfato de cálcio
que está presente na forma de hidroxiapatita
Porção Orgânica: composta por fibras colágenas tipo I
(95%) e pequenas quantidades de substância
fundamental amorfa (5%)
Osteócitos
 São células que vivem dentro de cavidades na matriz
óssea denominadas de lacunas, das quais partem
canalículos. Cada lacuna contém apenas um osteócito
 Os osteócitos comunicam-se entre si através destes
canalículos, recebem nutrientes, íons, hormônios, etc.
 Alguns osteócitos se localizam próximo de canais onde
passam uma arteríola, uma vênula e um nervo
 São células achatadas, com forma de amêndoa,
exibem pouca quantidade de retículo
endoplasmático granular e Golgi, núcleo com
cromatina condensada (pequena atividade
sintética)
 São essenciais para a manutenção da matriz
óssea. Sua morte é seguida da reabsorção da
matriz óssea
Osteoblastos
 São responsáveis pela formação da matriz óssea,
sintetizando a parte orgânica, cujo principal componente
é o colágeno, proteoglicanas e glicoproteínas
 Participam da mineralização da matriz, pois são capazes
de concentrar fosfato de cálcio
 Localizam-se na superfície óssea, lado a lado,
lembrando um epitélio simples
 Quando em intensa atividade metabólica são cubóides
com o citoplasma muito basófilo. Porém, em estado
pouco ativo tornam-se achatados e a basofilia diminui
Osteoblastos
 Apresentam prolongamentos citoplasmáticos que unem
os osteoblastos entre si e que, quando aprisionados
dentro da matriz óssea, vão originar os canalículos
citoplasmáticos. Os osteoblastos presos dentro da
matriz óssea transformam-se em osteócitos. A matriz
óssea recém formada ao redor de um osteoblasto, ainda
não mineralizada, é chamada de OSTEÓIDE

Osteoclastos
 São células gigantes multinucleadas (6 a 50
núcleos), móveis, que se originam da fusão de
monócitos do sangue
 Fazem a reabsorção do tecido ósseo, participando
dos processos de remodelação óssea
 A reabsorção é feita pela ação de enzimas
liberadas pelos osteoclastos, especialmente a
colagenase que digere a parte orgânica e outras
enzimas que atacam a matriz e liberam cálcio
Osteoclastos
 Nesse processo de reabsorção, responsável
pela renovação do tecido ósseo, formam-se
lacunas conhecidas como LACUNAS de
HOWSHIP. Estas lacunas serão preenchidas
por tecido ósseo novo

Endósteo e Periósteo
 As superfícies internas e externas dos ossos são
recobertas por células osteogênicas e tecido conjuntivo
que constituem o endósteo e periósteo respectivamente
 As principais funções do periósteo e endósteo são a
nutrição do tecido ósseo e o fornecimento de novos
osteoblastos, para o crescimento e recuperação do osso

Classificação do Tecido Ósseo
 Classificação Macroscópica
- Osso Compacto
- Osso Esponjoso
 Classificação Histológica
- Tecido ósseo primário ou imaturo
- Tecido ósseo secundário ou lamelar
Classificação Macroscópica
 Nos ossos longos vamos encontrar nas epífises
(extremidades) o osso esponjoso com uma delgada
camada superficial de osso compacto. As diáfises (parte
cilíndrica) são quase totalmente compactas, com
pequena quantidade de osso esponjoso na sua parte
profunda, delimitando o canal medular
 As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da
diáfise dos ossos longos são ocupados pela medula
óssea

Tecido ósseo primário ou imaturo
 É o primeiro tecido ósseo que aparece, sendo
substituído gradativamente por tecido ósseo secundário
 No adulto é muito pouco freqüente, persistindo próximo
às suturas dos ossos do crânio, nos alvéolos dentários e
em alguns pontos de inserção dos tendões
 Apresenta fibras colágenas dispostas em várias
direções sem organização definida, tem menor
quantidade de minerais e maior quantidade de
osteócitos do que o tecido secundário

Tecido ósseo secundário ou lamelar
 É o tipo geralmente encontrado no adulto
 Possui fibras colágenas organizadas em
lamelas, que ficam paralelas umas as outras
(osso esponjoso) ou se dispõem em
camadas concêntricas em torno de canais
com vasos, formando o SISTEMA DE
HAVERS (osso compacto das diáfises)
Tecido ósseo secundário ou lamelar
 Cada sistema de Havers é constituído por um cilindro
paralelo à diáfise e formado por 4 a 20 lamelas ósseas
concêntricas. No centro desse cilindro ósseo existe um
canal revestido de endósteo, o CANAL de HAVERS, que
contém vasos sangüíneos, linfáticos e nervos
 Os canais de Havers comunicam-se entre si, com a
cavidade medular e com a superfície externa por meio
de canais transversais, os CANAIS de VOLKMANN

Ossificação
 É a substituição de tecido cartilaginoso ou
conjuntivo por tecido ósseo
- Ossificação Endocondral: substituição de
cartilagem por tecido ósseo. Ocorre na maioria dos
ossos
- Ossificação Intramembranosa: substituição de
tecido conjuntivo por tecido ósseo. Ocorre na
ossificação dos ossos chatos da caixa craniana e
no crescimento em espessura das diáfises ósseas

Efeitos de deficiências nutricionais
 Raquitismo
 Osteomalacia
 Osteoporose
Hormônios que atuam sobre os ossos
 Somatomedinas
 Hormônio do crescimento
 Testosterona e Estrogênios
 T3,T4 e TSH
 Leptina
Tumores dos Ossos e Cartilagens
Ossos
- Osteomas (osteoblastoma ou osteoclastoma)
(benignos)
- Osteossarcomas (malignos)
Cartilagens
- Condromas (benignos)
- Condrossarcomas (malignos)

TECIDO NERVOSO

Características Gerais
 O tecido nervoso acha-se distribuído pelo organismo
interligando-se e formando uma rede de comunicações: sistema
nervoso
 Os sistemas nervoso e endócrino são sistemas de integração
para coordenar as funções dos vários órgãos especializados que
aparecem nos animais.

Componentes Principais
1) NEURÔNIOS: células com longos prolongamentos, com a
propriedade de responder a alterações do meio que se encontram
com modificações da diferença de potencial elétrico que existe entre
as superfícies interna e externa da membrana celular, sendo,
portanto, células excitáveis.
2) CÉLULAS DA GLIA OU NEURÓGLIA: sustentam os neurônios e
participam de outras funções importantes.
Neurônios
Apresentam três componentes principais
 DENDRITOS: prolongamentos numerosos, especializados na função
de RECEBER estímulos do meio ambiente, de células epiteliais
sensoriais ou de outros neurônios.
 CORPO CELULAR ou PERICÁRIO: centro trófico da célula, local onde
se encontra o núcleo e a maior parte das organelas. É também capaz
de receber estímulos.
 AXÔNIO: prolongamento único, especializado na CONDUÇÃO de
impulsos que transmitem informações do neurônio para outras células
(nervosas, musculares ou glandulares)

Neurônios
 Nos neurônios encontramos grande quantidade de
NEUROFILAMENTOS e MICROTÚBULOS, importantes
componentes do citoesqueleto.
 Em determinados locais do corpo celular encontramos grânulos
de MELANINA (pigmento de significado funcional desconhecido
neste tipo celular) e LIPOFUCSINA (resíduo de material
parcialmente digerido pelos lisossomos).
Classificação dos Neurônios
De acordo com sua morfologia
 NEURÔNIOS MULTIPOLARES: mais de dois prolongamentos
celulares
 NEURÔNIOS BIPOLARES: um dendrito e um axônio
 NEURÔNIOS PSEUDO-UNIPOLARES: apresentam próximo ao corpo
celular um prolongamento único, mas este logo se divide em dois,
dirigindo-se um para a periferia e outro para o SNC.
Classificação dos Neurônios
 A grande maioria dos neurônios é multipolar. Os
bipolares são encontrados nos gânglios coclear e
vestibular, na retina e na mucosa olfatória. Os
pseudo-unipolares são encontrados nos gânglios
espinhais que são gânglios sensitivos situados nas
raízes dorsais dos nervos espinhais.

Classificação dos Neurônios
De acordo com sua função
 NEURÔNIOS MOTORES: controlam órgãos efetores, tais
como glândulas exócrinas e endócrinas e fibras musculares.
 NEURÔNIOS SENSORIAIS: recebem estímulos sensoriais do
meio ambiente e do próprio organismo
 INTERNEURÔNIOS: estabelecem conexões entre neurônios,
formando circuitos complexos.

Fluxo anterógrado e retrógrado
 Fluxo anterógrado
corpo celular  axônio
 Fluxo retrógado:
axônio  corpo celular
Sinapses
 Um impulso nervoso é conduzido não somente ao longo do
comprimento de um neurônio, mas também de um neurônio para outro
ou de um neurônio para uma estrutura com uma célula muscular ou
glândula. Essa condução acontece em estruturas altamente
especializadas denominadas SINAPSES.
 A sinapse é essencial para a manutenção da homeostasia, devido a
sua capacidade de transmitir certos impulsos e inibir outros. A maioria
das doenças do encéfalo e muitos transtornos psiquiátricos resultam de
uma ruptura da comunicação sináptica. As sinapses também são os
locais de ação da maioria das drogas que afetam o encéfalo
Sinapses
 SINAPSE ELÉTRICA: ocorre um fluxo de íons diretamente de uma
célula para outra através de canais existentes na membrana
plasmática de células vizinhas (junções comunicantes ou junções GAP)
 SINAPSE QUÍMICA: é o tipo mais freqüente de sinapse. Esse tipo de
comunicação depende da liberação de substâncias químicas de uma
membrana pré-sináptica para uma membrana pós-sináptica

Células da Glia ou Neuróglia
 Presentes no SNC, ao lado dos neurônios.
 Coram-se mal pela H-E, aparecendo apenas seus núcleos espalhados
entre os núcleos de dimensões maiores dos neurônios.
 Calcula-se que no SNC: 10 células da glia para cada neurônio.
 Na vida embrionária, participam da orientação do crescimento dos
dendritos e axônios, o que leva ao estabelecimento das sinapses
adequadas do ponto de vista funcional.
Células da Glia ou Neuróglia
 Pericários e prolongamentos são completamente cobertos pela
neuroglia
 Células não geram impulsos nervosos nem sinapses. Participam do
controle da composição química do meio onde estão localizados os
neurônios.
 Ao contrário dos neurônios, são capazes de se multiplicarem até
mesmo no adulto.
 Distingue-se quatro tipos: astrócitos, oligodendrócitos, micróglia e
células ependimárias.

Astrócitos
 Maiores células da neuroglia
 Formam a BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA: prolongamentos
envolvem os capilares sangüíneos. Os astrócitos dirigem também seus
prolongamentos no sentido da superfície dos órgãos do SNC, onde vão
formar uma camada localizada abaixo da pia-mater. Assim, por revestir
as paredes vasculares e as superfícies de tecido, os astrócitos CRIAM
UM COMPARTIMENTO FUNCIONAL PARA O TECIDO NERVOSO,
com moléculas e íons adequados ao bom funcionamento dos
neurônios.
 As cicatrizes que se formam no espaço deixado pelos neurônios do
SNC mortos por doenças ou acidentes são constituídas por astrócitos.

Oligodendrócito
 São menores que os astrócitos e possuem poucos prolongamentos.
Também são conhecidos como células satélites.
 Formam uma verdadeira simbiose com os neurônios. Existe uma
interdependência no metabolismo dessas duas células. Toda vez que
um estímulo a determinado neurônio provoca alterações químicas em
seus componentes, observa-se também modificações químicas nos
oligodendrócitos.
 Na substância branca (SNC), os oligodendrócitos são responsáveis
pela formação da bainha de mielina. No sistema nervoso periférico a
célula responsável pela bainha é a célula de Schwann

Micróglia
 Célula pouco numerosa. Corpo celular é alongado com núcleo
denso e também alongado. Prolongamentos numerosos e curtos
cobertos por saliências finas (aspecto espinhoso)
 Células macrofágicas (sistema mononuclear fagocitário)

Células Ependimárias
 Derivam do revestimento interno do tubo neural e se mantém em
arranjo epitelial, enquanto as demais células daí originadas se
diferenciam em células da neuroglia.
 Revestem as cavidades do encéfalo e da medula e estão em contato
com o líquido cefalorraquidiano encontrado nessas cavidades. As
células são ciliadas, o que facilita a movimentação do líquido
cefalorraquidiano.
Sistema Nervoso Central
 No sistema nervoso central há uma certa segregação entre os corpos
celulares dos neurônios e os seus prolongamentos. Isto faz com que
sejam reconhecidas no encéfalo e na medula espinhal duas porções
distintas, denominadas substância branca e substância cinzenta.
 A substância cinzenta é assim chamada porque mostra essa coloração
quando observada macroscopicamente. É formada principalmente por
corpos celulares de neurônios e células da glia, contendo também
prolongamentos de neurônios.

Sistema Nervoso Central
 A substância branca não contém corpos de neurônios, sendo
constituída prolongamentos de neurônios e células da glia. Seu nome
origina-se da presença de grande quantidade de um material
esbranquiçado denominado mielina, que envolve certos
prolongamentos dos neurônios.
OBS: na substância branca encontramos acúmulos de
neurônios, formando ilhas de substância cinzenta,
denominadas de núcleos

Barreira hematoencefálica
 Barreira funcional que dificulta a passagem de certas substâncias,
como alguns antibióticos, agentes químicos e toxinas, do sangue para
o tecido nervoso.
 Ocorre devido a uma menor permeabilidade dos capilares sangüíneos
do tecido nervoso (junções oclusivas entre as células endoteliais) e
também devido aos prolongamentos dos astrócitos que envolvem
completamente os capilares no SNC.
Sistema Nervoso Periférico
Fibras nervosas
- mielínicas
- amielínicas
Nervos
Gânglios

Fibras Nervosas
 São constituídas por um axônio e suas bainhas envoltórias
 Todos os axônios do tecido nervoso do adulto são envolvidos por
dobras únicas ou múltiplas formadas por uma célula envoltória
- SNP  Célula de Schwann
- SNC  Oligodendrócito
Axônios de pequeno diâmetro  Fibras amielínicas (envolvidos por uma
única dobra de célula envoltória)
Axônios mais calibrosos  Fibras mielínicas ( múltiplas dobras da célula
envoltória)

Fibras mielínicas
 Mielina: complexo lipoprotéico constituída por camadas de membrana
celular modificada. Essa membrana tem maior proporção de lipídeos
do que as membranas celulares em geral.
 A espessura da bainha de mielina varia com o diâmetro do axônio,
porém é constante ao longo de um mesmo axônio

Fibras amielínicas
 Tanto no SNC como no SNP nem todos axônios são recobertos por
mielina
 As fibras amielínicas periféricas são também envolvidas pelas células
de Schwann, mas neste caso não ocorre enrolamento em espiral. Uma
única célula de Schwann envolve várias fibras nervosas.
 No SNC os axônios amielínicos são mais numerosos

Nervos
 No sistema nervoso periférico as fibras nervosas agrupam-se em
feixes, dando origem aos nervos. (Devido a grande quantidade de
colágeno e mielina, os nervos são esbranquiçados).
 Epineuro: tecido conjuntivo denso que reveste e dá sustentação aos
nervos
 Perineuro: reveste feixes de fibras nervosas
 Endoneuro: tecido conjuntivo reticular que envolve cada axônio (com
sua célula envoltória)
Nervos
 Estabelecem comunicações entre os centros nervosos e órgãos da
sensibilidade e os efetores (músculos e glândulas)
Possuem:
 Fibras aferentes e eferentes: nervos mistos (a maioria)
 Somente fibras aferentes: nervos sensitivos
 Somente fibras eferentes: nervos motores

Gânglios
 Acúmulos de neurônios fora do sistema nervoso central
 Conforme a direção do impulso nervoso, os gânglios podem ser:
- sensoriais (aferentes), sendo alguns associados aos nervos
cranianos (gânglios cranianos) e outros se localizam nas raízes dorsais
dos nervos espinhais (gânglios espinhais)
- gânglios do sistema nervoso autônomo (eferentes): aparecem
como formações bulbosas ao longo dos nervos do sistema nervoso
autônomo

Plasticidade Neuronal
 Após uma lesão do SNC os circuitos neuronais se reorganizam, graças
ao crescimento dos prolongamentos dos neurônios, que formam novas
sinapses para substituir as perdidas pela lesão. Assim estabelecem-se
novas comunicações que, dentro de certos limites, podem restabelecer
as atividades funcionais dos circuitos perdidos (PLASTICIDADE
NEURONAL)
 Esse processo é controlado por diversos fatores de crescimento
(NEUROTROFINAS) produzidos pelos neurônios, células da glia.

TECIDO MUSCULAR

É constituído por células alongadas e que contém grande quantidade de filamentos
citoplasmáticos, responsáveis pela contração. Possui origem mesodérmica e, de acordo com suas
características funcionais e morfológicas, podem-se distinguir, nos mamíferos, três tipos de tecido
muscular:
 MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
 MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO
 MÚSCULO LISO
A célula muscular é bastante diferenciada, seus componentes receberam denominações
especiais:
 membrana plasmática = SARCOLEMA
 citoplasma = SARCOPLASMA
 Retículo endoplasmático liso = RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO
 mitocôndrias = SARCOSSOMAS

1) MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
São formados por feixes de células muito longas (até 30 cm), cilíndricas, multinucleadas,
com um diâmetro que varia de 10 a 100 micrômetros. Células são denominadas FIBRAS
MUSCULARES. A variação no diâmetro das fibras musculares estriadas depende de vários
fatores: músculo considerado, idade, sexo, estado de nutrição, treinamento físico.
Nas fibras musculares esqueléticas os números núcleos se localizam na periferia das
fibras, nas proximidades do sarcolema. Esta localização nuclear característica ajuda a distinguir o
músculo esquelético do músculo cardíaco, ambos com estriações transversais, pois no músculo
cardíaco os núcleos são centrais. É um tecido de atividade rápida, forte, descontínua e voluntária.
Num músculo com o bíceps ou o deltóide, por exemplo, as fibras musculares são
envolvidas por bainhas de tecido conjuntivo (EPIMÍSIO, PERIMÍSIO e ENDOMÍSIO) que mantêm
as fibras musculares unidas, permitindo que a força de contração gerada por cada fibra
individualmente atue sobre o músculo inteiro. Este papel do tecido conjuntivo tem grande
significado funcional porque na maioria das vezes as fibras não se estendem de uma extremidade
do músculo até a outra. Os vasos sangüíneos penetram no músculo através do tecido conjuntivo e formam uma rica rede de capilares que correm entre as fibras musculares. O tecido conjuntivo do músculo contém, ainda, vasos linfáticos e nervos.
O citoplasma da fibra muscular apresenta-se preenchido principalmente por fibrilas
paralelas: MIOFIBRILAS
As miofibrilas do músculo estriado contém 4 proteínas: MIOSINA, ACTINA, TROPONINA E
TROPOMIOSINA. As proteínas estão organizadas em estruturas denominadas de sarcômeros,
formando dois tipos de filamentos: finos e grossos.
a) Filamento Grosso: formado pela polimerização das miosinas. A miosina tem a forma de dois tacos de golfe entrelaçados. As caudas (cabos dos tacos de golfe) são dispostas em paralelo
para formar a haste do filamento espesso. As cabeças dos tacos projetam-se para fora, na
superfície da haste. Essas cabeças proeminentes são referidas como cabeças de miosina ou
pontes cruzadas e possuem locais para combinação com ATP (é dotada de atividade ATPásica,
pode clivar uma molécula de ATP em ADP + P, liberando energia) e possui afinidade pela
proteína actina.
b) Filamento Fino: formado pela polimerização de 3 tipos de proteínas
ACTINA: polímeros longos, formados por 2 cadeias de monômeros globulares torcidas uma sobre
a outra, em hélice. Cada monômero globular possui uma região que interage com a miosina
TROPOMIOSINA: molécula longa e fina com duas cadeias polipeptídicas, uma enrolada na outra,
formando filamentos que se localizam ao longo do sulco existente entre os filamentos de actina.
TROPONINA: proteína com três subunidades
TROPONINA T: tem afinidade pela tropomiosina
TROPONINA C tem afinidade pelo cálcio
TROPONINA I: impede a ligação da actina com a miosina.
O conjunto de miofibrilas é, por sua vez, preso à membrana plasmática da célula muscular
por meio de diversas proteínas que têm afinidade pelos miofilamentos e por proteínas da
membrana plasmática. Uma dessas proteínas, chamada distrofina, liga os filamentos de actina a
proteínas do sarcolema. A distrofia muscular de Duchenne é uma miopatia hereditária, ligada ao
cromossomo X, que causa lesões progressivas das fibras musculares, e freqüentemente leva a
morte prematura. No músculo esquelético desses doentes, nota-se que a distrofina é inexistente
ou então sua molécula é defeituosa.
A contração muscular depende da disponibilidade de íons cálcio e o músculo relaxa
quando o teor desse íon se reduz no sarcoplasma. O retículo sarcoplasmático (RS) armazena e
regula o fluxo de íons cálcio. Esse retículo é uma rede de cisternas do retículo endoplasmático
liso, que envolve grupos de miofilamentos, separando-os em feixes cilíndricos. Quando a
membrana do retículo sarcoplasmático é despolarizada pelo estímulo nervoso, os canais de cálcio
se abrem e esses íons, que estavam depositados nas cisternas do RS, difundem-se
passivamente, indo atuar sobre a troponina, possibilitando a formação de pontes entre actina e
miosina. Quando cessa a despolarização, a membrana do RS, por processo ativo, transfere o
cálcio para dentro das cisternas, o que interrompe a atividade contrátil.
A despolarização da membrana do RS, que resulta na liberação de Ca++, inicia-se na
placa motora, uma junção neuromuscular situada na superfície da fibra muscular. A
despolarização iniciada na superfície teria de se difundir através da espessura da fibra para
efetuar a liberação de cálcio nas cisternas profundas do RS. Nas fibras musculares mais
calibrosas isto levaria a uma onda de contração lenta, de tal maneira que as miofibrilas periféricas contrar-se-iam antes que as situadas mais profundamente. O sistema de túbulos transversais ou sistema T é responsável pela contração uniforme de cada fibra muscular esquelética. Este sistema é constituído por uma rede de invaginações tubulares da membrana plasmática da fibra muscular, cujos ramos vão envolver as junções das bandas A e I de cada sarcômero. Em cada lado de cada túbulo T existe uma expansão ou cisterna terminal do RS. Este complexo, formado de um túbulo T e duas expansões do RS, é conhecido como tríade. Na tríade, a despolarização dos túbulos T, derivados do sarcolema, é transmitida ao RS.

A Contração Muscular
Mecanismo do Filamento Deslizante:
Durante a contração muscular, as cabeças de miosina puxam os filamentos finos, fazendoos
deslizar para dentro do sarcômero. O sarcômero encurta, mas o comprimento dos filamentos
finos e grossos em si não se altera. As cabeças de miosina dos filamentos grossos conectam-se à
actina dos filamentos finos. As cabeças de miosina movem-se como remos de um bote na
superfície dos filamentos finos, os filamentos finos e grossos deslizam uns sobre os outros, As
cabeças de miosina podem puxar os filamentos finos de cada sarcômero tão para dentro em
direção ao centro de um sarcômero que elas se sobrepõem. Esse processo ocorre somente
quando há disponibilidade de grande quantidade de íons cálcio no sarcoplasma e um adequado
suprimento de energia.
Após a morte, a autólise inicia nas fibras musculares, e o cálcio vaza para fora do retículo
sarcoplasmático. O cálcio liga-se à troponina e desencadeia o deslizamento dos filamentos
delgados. Porém a produção de ATP cessou, de modo que as cabeças de miosina não podem ser
destacadas da actina. A condição resultante, em que os músculos estão em um estado de rigidez
(não podem contrair-se ou estender-se) é denominada rigor mortis. O rigor mortis dura cerca de 24 horas, mas desaparece à medida que os tecidos começam a desintegrar-se.

A Junção Neuromuscular
Para uma fibra muscular esquelética se contrair, ela deve ser estimulada por uma célula
nervosa. O tipo particular de neurônio que estimula o tecido muscular é denominado neurônio
motor. Uma unidade motora é composta de neurônio motor e todas as fibras musculares que ele
estimula. Um único neurônio motor conecta-se a muitas fibras musculares. A estimulação de um
neurônio motor faz todas as fibras musculares daquela unidade motora contraírem-se
simultaneamente. Os músculos que controlam movimentos precisos, como os músculos
extrínsecos do olho, possuem menos de 10 fibras musculares em cada unidade motora, mas
muitas unidades motoras. Os músculos do corpo que são responsáveis por movimentos
grosseiros (amplos), como o bíceps do braço e o tríceps da perna, podem ter até 2.000 fibras
musculares em cada unidade motora, mas poucas unidades motoras.
No local da inervação, o nervo perde sua bainha de mielina e forma uma dilatação que se
coloca para dentro de uma superfície da fibra muscular, formando a JUNÇÃO
NEUROMUSCULAR.
Quando uma fibra do nervo motor dispara um impulso nervoso, o terminal axônico libera o
neurotransmissor acetilcolina, que se difunde através da fenda sináptica e se prende a receptores específicos situados na membrana da célula muscular. A ligação do neurotransmissor faz o sarcolema ficar mais permeável ao sódio, o que resulta na despolarização da célula muscular na contração muscular.
De acordo com sua estrutura e composição bioquímica, a fibra muscular estriada esquelética pode
ser de dois tipos:
1. TIPO 1, LENTAS, VERMELHAS: ricas em sarcoplasma contendo mioglobina o que dá a cor
vermelho escura. São adaptadas para contrações continuadas, a energia é obtida
principalmente da fosforilação oxidativa dos ácidos graxos.
2. TIPO 2, RÁPIDAS, BRANCAS: são adaptadas para contrações rápidas e descontínuas. Pouca
mioglobina, por isso a cor vermelho clara. Sua energia é obtida principalmente da glicólise.
Os músculos esqueléticos geralmente apresentam diferentes proporções desses tipos de
fibras, conforme o músculo considerado. A diferenciação das fibras musculares nos tipos
vermelha ou branca é controlada pelos nervos. Quando se cortam, em experimentos com animais, os nervos das fibras brancas e vermelhas e se faz reimplante cruzado, as fibras musculares mudam seu caráter durante a regeneração, seguindo a nova inervação recebida.

2) MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO
 É constituído por células alongadas e ramificadas com aproximadamente 15 μm de
diâmetro por 85-100 μm de comprimento que se anastomossam irregularmente. Possuem
estriações transversais, como as fibras esqueléticas, mas possuem apenas um ou dois núcleos
centralizados. Tecido de contração rápida, forte, contínua e involuntária. As fibras são revestidas
por uma delicada bainha de tecido conjuntivo (equivalente ao endomísio do músculo esquelético), que contém uma abundante rede de capilares sangüíneos.
A disposição das fibras em feixes é irregular, podendo no mesmo campo microscópico
encontrar-se feixes cortados longitudinal, transversal ou obliquamente. As células musculares são unidas entre si através das suas extremidades por meio de junções especializadas Estas junções são denominadas DISCOS INTERCALARES cuja função é dar uma propagação rápida e
sincronizada às contrações do músculo cardíaco.
O músculo cardíaco tem numerosas mitocôndrias, que ocupam aproximadamente 40% do
volume citoplasmático, o que reflete o intenso metabolismo aeróbico desse tecido. Em
comparação, no músculo esquelético as mitocôndrias ocupam apenas cerca de 2% do volume do
citoplasma. O músculo cardíaco armazena ácidos graxos sob a forma de triglicerídeos
encontrados nas gotículas lipídicas do citoplasma de suas células. Existe pequena quantidade de
glicogênio, que fornece glicose quando há necessidade. As células musculares cardíacas podem
apresentar grânulos de lipofucsina, localizados principalmente próximo às extremidades dos
núcleos celulares. A lipofucsina é um pigmento que aparece nas células que não se multiplicam e
têm vida longa.
As fibras cardíacas apresentam grânulos secretores, os quais são mais abundantes nas
células musculares do átrio esquerdo (mas existem também no átrio direito e nos ventrículos). São grânulos que contêm a molécula precursora do hormônio ou peptídeo atrial natriurético (ANP: Atrial Natriuretic Peptide). Este hormônio atua nos rins aumentando a eliminação de sódio (natriurese) e água (diurese) pela urina. O hormônio natriurético tem ação oposta à da
aldosterona, um hormônio antidiurético que atua sobre os rins promovendo a retenção de sódio e água. Enquanto a aldosterona aumenta a pressão arterial, o hormônio natriurético tem efeito
contrário, fazendo baixar a pressão arterial.
No coração existe uma rede de células musculares cardíacas modificadas, acopladas às
outras células musculares do órgão, que têm papel importante na geração e condução do
estímulo cardíaco, de tal modo que as contrações dos átrios e ventrículos ocorrem em
determinada seqüência, permitindo ao coração exercer com eficiência sua função de
bombeamento de sangue.

3) MÚSCULO LISO
É formado por uma associação de células longas, mais espessas no centro e afilando-se
nas extremidades. Com um único núcleo central. O tamanho da célula muscular lisa pode variar
de 20 μm na parede dos pequenos vasos sangüíneos até 500 μm no útero grávido. Durante a
gravidez aumenta muito o número (hiperplasia) e o tamanho (hipertrofia) das fibras musculares do útero. É um tecido de contração fraca, lenta e involuntária.
As células musculares lisas são revestidas por lâmina basal e mantidas juntas por uma
rede muito delicada de fibras reticulares. Essas fibras amarram as fibras musculares lisas umas às outras, de tal maneira que a contração simultânea de apenas algumas ou de muitas células se
transforme na contração do músculo inteiro. A célula muscular lisa apresenta feixes de
miofilamentos que se cruzam em todas as direções, formando uma trama tridimensional
O músculo liso ocorre principalmente na parede de órgãos ocos como o tubo digestivo,
bronquíolos, bexiga, útero e parede dos vasos sangüíneos, mas também pode ser encontrado em
feixes isolados do tecido conjuntivo que envolve órgãos internos como os responsáveis pela
ereção dos pêlos em mamíferos.
Controle da Contração do Músculo Liso
Embora o músculo esquelético seja ativado exclusivamente pelo sistema nervoso, o músculo liso
pode ser estimulado a contrair por diversos tipos de sinais: sinais neurais, estimulação
hormonal, estiramento do músculo e modificação do ambiente químico da fibra. O controle
neural é feito pelo sistema nervoso autônomo. Existem 2 neurotrasmissores para o ML:
acetilcolina e norepinefrina.

REGENERAÇÃO NO TECIDO MUSCULAR
MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO
Embora os núcleos das células musculares esqueléticas não se dividam, o músculo tem
uma pequena capacidade de reconstituição. Admite-se que as células satélites sejam
responsáveis pela regeneração do músculo esquelético. Essas células são mononucleadas,
fusiformes, dispostas paralelamente às fibras musculares dentro da lâmina basal que envolve as
fibras e só podem ser identificadas no microscópio eletrônico. São consideradas mioblastos
inativos. Após uma lesão ou outro estímulo, as células satélites tornam-se ativas, proliferam por
divisão mitótica e se fundem umas as outras para formar fibras musculares esqueléticas. As
células satélites também entram em mitose quando o músculo é submetido a exercício intenso.
Nesse caso elas se fundem com as fibras musculares preexistentes, contribuindo para a
hipertrofia muscular.
MÚSCULO CARDÍACO
Não se regenera. Nas lesões do coração, como nos enfartes, por exemplo, as partes
destruídas são invadidas por fibroblastos que produzem fibras colágenas, formando uma cicatriz
de tecido conjuntivo denso.
MÚSCULO LISO
É capaz de uma resposta regenerativa eficiente. Ocorrendo lesão, as células musculares
lisas que permanecem viáveis entram em mitose e reparam o tecido destruído. Na regeneração
do tecido muscular liso da parede dos vasos sangüíneos há também a participação dos pericitos,
que se multiplicam por mitose e originam células musculares lisas.

TECIDO EPITELIAL

Características
• Pouca substância intercelular, células justapostas,
geralmente poliédricas
• Grande capacidade de coesão
• Forma nuclear acompanha a forma celular
• Se originam dos três folhetos germinativos
• Funções: revestimento de superfícies, revestimento e
absorção, secreção, função sensorial
• Desprovido de vasos sanguíneos (nutrientes se difundem
do tecido conjuntivo para o tecido epitelial)
• Única substância intercelular é o glicocálix, que é uma
delgada camada de glicoproteína que pode revestir as
células epiteliais. Função: adesão, pinocitose e
caracterização imunológica.
• Lâmina Basal: separa e prende o epitélio ao tecido
conjuntivo subjacente, permitindo, porém, a passagem de
diversas moléculas. Formada por colágeno, laminina e
proteoglicanas. Visível em microscópio eletrônico.
• OBS: Lâmina Basal + fibras reticulares + proteínas e
glicoproteínas (microscópio óptico)  MEMBRANA
BASAL.
• Células epiteliais: POLARIDADE
– POLO BASAL: junto a lâmina basal;
– POLO APICAL: extremidade oposta.
• Fibras de ancoragem: fibras colágenas 
ancoramento do tecido epitelial ao conjuntivo.

Adesão celular: glicoproteínas do glicocálice
e estruturas especializadas:
– Zônulas de oclusão: localizadas no ápice
celular, barreira celular (“cinturão adesivo”);
– Zônulas de adesão: circunda toda célula,
aderência, rico em filamentos (trama apical);
– Junções comunicantes ou nexus (“gap junction”):
lateralmente, canais protéicos hidrofílicos entre
células adjacentes (passagem de moléculas e
íons);
– Desmossomos ou mácula de adesão: estrutura
membranar em forma de disco (“botão de
pressão”), lateralmente entre duas células
vizinhas, adesão, rica em filamentos de
citoqueratina e desmogleínas;
OBS: Hemidesmossomos: estrutura que conecta
as células epiteliais à lâmina basal.

Interdigitações: dobra da membrana lateral
de células adjacentes,  superfície de
contato e reforça a adesão.

Estruturas específicas
• Microvilos (microvilosidades): projeções da
membrana celular,  superfície de contato
  absorção, glicocálice mais espesso
(intestino delgado, túbulos renais);

Estereocílios: projeções citoplasmáticas na
porção apical do epitélio de revestimento
(epidídimo e canal deferente), forma
irregular com ou sem anastomose, 
superfície celular, facilitando o transporte
celular;

Cílios e flagelos (movimento celular):
formados por microtúbulos (tubulina);
– Cílios: curtos, maior quantidade na superfície
apical no epitélio de revestimento (traquéia,
brônquios e bronquíolos, trompas uterinas).
– Flagelos: mais longos (espermatozóides).

TECIDO EPITELIAL DE REVESTIMENTO

Características
• As células epiteliais se dispõem em camadas,
recobrindo a superfície externa ou as cavidades do
corpo
• Estão sempre apoiados numa camada de tecido
conjuntivo que contém os vasos sangüíneos nutridores
do epitélio.
• Membrana Mucosa: epitélio + tecido conjuntivo que
reveste as cavidades úmidas como boca, bexiga,
intestino, etc.
• Neuroepitélios: também fazem parte dos epitélios de
revestimento. Células epiteliais com função sensorial
(órgãos de audição, olfato, gustação).
Classificação dos tecidos epiteliais de
revestimento
• São dois os critérios mais importantes:
– A forma das células:
• Pavimentoso (células achatadas)
• Cúbico (células isodiamétricas)
• Prismático (células altas, colunares)
– O número de camadas de células:
• Simples (uma única camada celular)
• Estratificado (várias camadas celulares)
• Pseudoestratificado (uma única camada celular, com
núcleos em alturas diferentes)
EPITÉLIO SIMPLES
PAVIMENTOSO
• Apresenta uma única camada de células
achatadas.
Ex.: revestimento da córnea e interno das
artérias e veias.

EPITÉLIO SIMPLES CÚBICO
• Apresenta uma única camada de células
isodiamétricas (cúbicas).
Ex.: revestimento interno dos tubos coletores da
papila renal e externo do ovário.

EPITÉLIO SIMPLES PRISMÁTICO
• Apresenta uma única camada de células
prismáticas.
Ex.: revestimento interno do estômago

EPITÉLIO SIMPLES PRISMÁTICO
COM MICROVILOSIDADES
• Apresenta uma única camada de células
prismáticas com microvilosidades.
Ex.: revestimento interno do intestino delgado (duodeno
e jejuno-íleo).

EPITÉLIO SIMPLES PRISMÁTICO
COM ESTEREOCÍLIOS
• Apresenta uma única camada de células prismáticas
com estereocílios.
Ex.: revestimento interno do epidídimo e do canal
deferente.

EPITÉLIO ESTRATIFICADO
PAVIMENTOSO NÃO QUERATINIZADO
• Apresenta várias camadas de células, sendo a
última camada (a mais externa) pavimentosa.
EX: Reveste as superfícies úmidas como lábios,
bochechas, vagina, ânus, córnea do olho, cordas
vocais e revestimento interno do esôfago.

EPITÉLIO ESTRATIFICADO
PAVIMENTOSO QUERATINIZADO
• Apresenta várias
camadas de células,
sendo as últimas
camadas (as mais
externas) pavimentosas
e mortas devido a
impregnação de
queratina, uma proteína
insolúvel na maioria dos
solventes e muito
resistente.
Ex.: epiderme da pele.

EPITÉLIO ESTRATIFICADO
PRISMÁTICO
• Apresenta várias camadas de células, sendo a
última camada (a mais externa) prismática.
Ex.: conjuntiva do olho.

EPITÉLIO PSEUDOESTRATIFICADO
CILIADO
• Apresenta células com núcleos em diversas
alturas dando a impressão de estratificação. A
região apical destas células apresenta-se ciliada.
Ex.: revestimento da traquéia, brônquios e bronquíolos.

EPITÉLIO DE TRANSIÇÃO
• Dependendo do estado fisiológico do órgão, o
epitélio apresenta-se como estratificado
pavimentoso ou estratificado prismático.
Ex.: bexiga urinária cheia e vazia, respectivamente.

TECIDO CONJUNTIVO

Funções
 Estabelecimento e manutenção da
forma do corpo;
 União de outros tecidos;
 Proteção de órgãos internos;
 Imunidade;
 Armazenamento de gordura;
 Proteção contra choques (batidas).
Apresenta:
 Diversos tipos de células;
 Material intercelular (elaborado pelas
próprias células) e formado por
substância fundamental amorfa e fibras
do conjuntivo.
OBS: origem do mesênquima (tecido
embrionário que se origina do mesoderme)
Células do conjuntivo
 Apresenta uma variedade de células do
próprio tecido e outras que originam do
sangue.
Fibroblastos;
Macrófagos;
Mastócitos;
Plasmócitos;
Células Adiposas;
Neutrófilios, eosinófilos, basófilos
Fibroblasto
 Responsável pela formação das fibras e
da substância fundamental amorfa;
 Morfologia: apresenta prolongamentos
citoplasmáticos irregulares, núcleo
ovóide, grande, claro, com cromatina fina
e nucléolo evidente. O citoplasma é rico
em REG e Golgi

Sintetiza colágeno, elastina,
glicosaminoglicanas, proteoglicanas e
glicoproteínas estruturais.
 A medida que envelhece, diminui a atividade
de síntese – fibrócito.
 Raramente se dividem. Em processos de
cicatrização, os fibrócitos reassumem a
forma de fibroblastos e podem voltar a
sintetizar fibras
 É a principal célula envolvida nos processos de
cicatrização. Os espaços deixados por lesão em
tecidos cujas células não são capazes de se
regenerar (p. ex. músculo cardíaco) são preenchidos
por uma cicatriz de tecido conjuntivo
 Miofibroblasto:fibroblasto com grande quantidade de
actina e miosina. Sua atividade contrátil é
responsável pelo fechamento das feridas (contração
da ferida)

Macrófago
 Originam-se dos monócitos vindos do sangue
 Atravessam as paredes dos capilares e fixam-se no
conjuntivo, podem durar de 1 a 2 meses
 Possuem núcleo ovóide ou em forma de rim,
cromatina condensada
 Possuem capacidade fagocitária (dependendo do seu
estado funcional): restos celulares, elementos
anormais da matriz extracelular, células neoplásicas,
bactérias.

Participam do processo de digestão parcial e
apresentação de antígenos
 Quando estimulados por substâncias estranhas,
infecções – macrófagos ativados ( capacidade de
fagocitar e digerir partículas estranhas);
 Papel importante na remoção de restos celulares e
componentes extracelular formados durante os
processos de involução fisiológica
 Secretam substâncias que participam do processo
inflamatório e reparação de tecidos (citocinas e
colagenases)

Mastócito
 Morfologia: célula globosa, grande e citoplasma com
grânulos basófilos; núcleo esférico e central;
 Os grânulos contém substâncias como heparina,
histaminas (processos alérgicos) e o fator
quimiotáxico dos eosinófilos – ECF-A (eosinophil
chemotatic factor anaphylasis), proteases.
 Colaboram com as reações imunes e têm papel
fundamental na inflamação, reações alérgicas,
expulsão de parasitas
 Apresentam na membrana celular e nos grânulos –
receptores para imunoglobulina E (IgE) produzida
pelos plasmócitos;
 Se originam de células-tronco hematopoiéticas da
medula óssea
 Reações de Sensibilidade Imediata: são
provocadas pela liberação dos mediadores químicos
armazenados nos grânulos dos mastócitos.

Plasmócito
 São poucos numerosos no tecido conjuntivo, mas
abundantes em tecidos sujeitos à penetração de antígenos
(bactérias) como as mucosas, sendo abundantes em
regiões de inflamação crônica;
 Originam-se dos linfócitos B ativados do sangue;
 Morfologia: células ovóides, citoplasma basófilo (RER e
Golgi) núcleo esférico,cromatina em arranjos que lembram
raios de carroça
 Fabricam anticorpos que são imunoglobulinas produzidas
em resposta a penetração de moléculas estranhas, os
antígenos.

Células adiposas ou adipócitos
 Células especializadas no
armazenamento de energia , sob a
forma de triglicerídeos.
Outros Leucócitos
 São células sangüíneas que migram dos
capilares e vênulas de onde saem por
diapedese, especialmente em locais de
invasão de microorganismos;
 Mais comuns: neutrófilos, linfócitos e
eosinófilos.
Fibras do Conjuntivo
 Três tipos principais de fibras do
tecido conjuntivo:
Fibras colágenas;
Fibras reticulares;
Fibras elásticas.
Colágeno
 Tipo de proteína mais abundante no organismo
 Encontrada na pele, ossos, cartilagem, músculo liso,
lâmina basal
 Proteínas com graus variados de rigidez, elasticidade
e força de tensão
 A família dos colágenos é composta por mais de 20
tipos geneticamente diferentes

Colágeno
 Síntese: fibroblastos, condroblastos e osteoclastos
 Principais aminoácidos: glicina, prolina,
hidroxiprolina e hidrolisina
 As fibrilas de colágenos são formadas pela
polimerização de unidades de TROPOCOLÁGENO
 As moléculas de tropocolágeno podem se unir para
formar fibrilas, fibras, feixes.

Síndrome de Ehlers-Danlos
Hiperelasticidade e
dobras aumentadas da
pele
Pseudotumor abaixo
do cotovelo
Fibras Colágenas (tipo 1)
 São as mais abundantes no tecido conjuntivo
 Coloração branca no estado fresco
 Fibras longas, que apresentam grande resistência a
tração, diâmetro varia de 1 a 20 Im
 Preparados histológicos coloridos com H-E são
vermelhas (acidófilas)

Fibras reticulares
 Formadas por proteína colágeno tipo III (são mais
delicadas, diâmetro de 0,5 a 2 Im)
 Pouco resistentes
 Não se coram por H-E. Visualização através do uso
de impregnação com sais de prata (fibras argirófilas),
aparecendo em negro. Também são PAS positivas
(devido ao alto conteúdo de cadeias de açúcar
associadas a estas fibras)
Fibras reticulares
 Formam o arcabouço dos órgãos
hemocipoéticos (baço, linfonodos, medula
óssea). Em órgãos epiteliais (fígado, rim e
glândulas endócrinas) formam uma rede em
torno das células que os constituem

Fibras elásticas
 São mais delgadas que as colágenas e muito
delicadas;
 Não se coram por H-E. Visualização através do uso
de impregnação com sais de prata (fibras argirófilas),
aparecendo em negro
 São formadas por elastina e fibrilina
 Exemplo de patologia: síndrome de Marfam

Substância Fundamental Amorfa
 É uma mistura complexa altamente
hidratada
 Preenche os espaços entre as células e
fibras do tecido conjuntivo
 Sendo viscosa, atua ao mesmo tempo
como lubrificante e como barreira à
penetração de microorganismos invasores
SFA: Composição
 Glicosaminoglicanas (GAGs)
(mucopolissacarídeos)
 Proteoglicanas
 Glicoproteínas multiadesivas

Glicoproteínas multiadesivas
 Proteínas ligadas a cadeias de glicídios, mas ao
contrário das proteoglicanas, é o componente protéico
que predomina nestas moléculas
 Fibronectina, Laminina, Integinas
 Fibronectina e Laminina participam de modo
importante no desenvolvimento embrionário
 Aumentam a habilidade das células cancerosas invadir
outros tecidos

Fluido Tissular
 Constituição semelhante a do plasma, porém com
pouca quantidade de proteínas plasmáticas
 Normalmente encontrado em pouca quantidade. Seu
acúmulo acontece em situações anormais (edema):
 obstrução de vasos venosos e linfáticos
 insuficiência cardíaca
 desnutrição com carência de proteínas
 agressões mecânicas
 substâncias químicas

Tecido Conjuntivo Frouxo
 Formado por uma trama delicada de fibras
colágenas e elásticas, muito flexível e pouco
resistente à tração; bastante vascularizado e
inervado
 As células mais comuns, embora ocorram
todos os tipos, são os fibroblastos e
macrófagos
Tecido Conjuntivo Frouxo: Distribuição
 Preenche os espaços entre as fibras e feixes
musculares
 Serve de base para os epitélios
 Forma uma camada ao redor dos vasos sangüíneos e
linfáticos
 Também encontrado nas papilas da derme e
hipoderme
 Membranas serosas que revestem as cavidades
peritoneais e pleurais
 Glândulas

Tecido Conjuntivo Denso
 Apresenta fibras colágenas, elásticas e reticulares,
substância fundamental amorfa e células;
 Neste tipo de tecido ocorre um predomínio acentuado
de fibras colágenas
 É menos flexível e mais resistente à tensão que o
tecido conjuntivo frouxo
Tecido Conjuntivo Denso Modelado
 Neste tecido as fibras colágenas são
paralelas, grande resistência à tração
numa só direção (direção das fibras).
 Forma os tendões, fáscias e aponeuroses

Tecido Conjuntivo Denso Não Modelado
 Neste tecido as fibras colágenas formam uma
trama tridimensional muito resistente à tração
(em qualquer direção);
 Este tecido forma a derme da pele e forma uma
cápsula ao redor dos órgãos

Tecido Conjuntivo Elástico
 Ocorre o predomínio de grossas fibras
elásticas que conferem a este tecido uma
grande elasticidade e a cor amarelada
típica;
 Tem ocorrência restrita podendo ser
encontrado formando a parede das
artérias, os ligamentos amarelo da coluna
vertebral e suspensor do pênis.

Tecido Conjuntivo Mucoso
 Este tecido tem consistência gelatinosa e ocorre o
predomínio de substância fundamental amorfa;
 Contém poucas fibras colágenas e não existem fibras
elásticas e reticulares;
 As células deste tecido são principalmente
fibroblastos. É o principal componente do cordão
umbilical onde é conhecido por gelatina de Wharton.
 Após o nascimento é encontrado na polpa dentária

Tecido Conjuntivo Reticular
 Tecido muito delicado com predomínio de
fibras reticulares que forma uma trama
tridimensional para a sustentação celular;
 Encontra-se intimamente associado aos
órgãos formadores de células do sangue,
medula hematogênica ou vermelha dos
ossos e órgãos linfóides.

Tecido Adiposo Amarelo, Unilocular ou Comum
 Observa-se a predominância de células adiposas
 Estas células têm a capacidade de armazenar
gorduras sob a forma de triglicerídeos, formando
a maior reserva energética do corpo;
 Em pessoas de peso normal, o tecido adiposo
corresponde a 20-25% do peso corporal na
mulher e 15-20% no homem;
 Os adipócitos deste tecido apresentam uma grande
gota de gordura dentro do seu citoplasma e o núcleo
fica confinado a periferia celular; cada célula é
envolvida por uma lâmina basal
 Além da reserva energética que representa, o tecido
adiposo localizado abaixo da pele (panícuolo adiposo)
modela o corpo, sendo responsável pelas diferenças
do contorno corporal feminino e masculino;
 Forma os coxins absorventes de choque mecânico,
(planta dos pés e palma das mãos);
 Contribui para o isolamento térmico do organismo
 Preenche os espaços entre outros tecidos
 Auxilia a manter os órgãos em suas posições normais
 Também possui atividade secretora, sintetizando
diversos tipos de moléculas
 Apresenta septos de tecido conjuntivo que contêm
vasos e nervos. Tecido altamente vascularizado
 Sintetiza: adiponectina, leptina, lipase lipoprotéica
 As células adiposas uniloculares se originam no
embrião a partir de células derivadas do
mesênquima, os LIPOBLASTOS
 Lipomas: tumores benignos do tecido adiposo
unilocular (freqüentes)
 Lipossarcomas: tumores malignos (muito menos
freqüentes)

Tecido Adiposo Multilocular ou Pardo
 Conhecido por tecido adiposo pardo devido a sua
intensa vascularização e a grande quantidade de
mitocôndrias presentes nos seus adipócitos. É
especializado na produção de calor
 O nome multilocular é devido a gordura estar
distribuída em numerosas vesículas dentro dos
adipócitos, o que permite a posição central do
núcleo;
 Este tipo de tecido é restrito aos recém
nascidos e animais hibernantes;
 A transformação da gordura em energia
mantém o corpo dos recém nascidos
aquecido e, por comando hormonal,
aquece o sangue que vai para o cérebro
dos animais hibernantes, despertando-os.

SANGUE

INTRODUÇÃO
• O sangue constitui-se uma massa líquida vermelha que circula
de forma unidirecional num sistema fechado: sistema
circulatório.
• Viscosidade maior que a da água;
• Temperatura de 38 °C (regulação do calor);
• pH entre 7,3 e 7,4;
• Perfaz em torno de 8% do peso corporal de um adulto
(volume de ± 5,5 litros)
FUNÇÕES
 Transporte
 Defesa
 Hemostasia
 Homeostasia
Introdução
Formado de 2 fases:
 Plasma (solução aquosa)
 Elementos figurados: eritrócitos, leucócitos
(granulócitos e agranulócitos) e plaquetas.
Plasma
Solução aquosa (proteínas, sais inorgânicos,
aminoácidos, vitaminas, hormônios, lipoproteínas,
fosfolipídeos, glicose);
Proteínas
 Albuminas  pressão osmótica ( causa edema)
 Gamaglobulinas  anticorpos
 Fibrinogênio  coagulação
OBS: plasma sem fibrinogênio = SORO
COMPONENTES DO SANGUE
Os elementos figurados do sangue são:
 Eritrócitos (glóbulos vermelhos ou hemácias);
 Leucócitos (glóbulos brancos);
Leucócitos granulares (granulócitos)
 Neutrófilos
 Eosinófilos
 Basófilos
Leucócitos agranulares (agranulócitos)
 Linfócitos
 Monócitos
 Plaquetas (trombócitos)

Leucócitos
Granulócitos (Polimorfonucleares):
 Núcleo irregular
 Grânulos citoplasmáticos
 Tipos: neutrófilos (60-70%)
eosinófilos (2-4%);
basófilos (0,5-1%)
Agranulócitos:
 Núcleos mais regulares
 Ausência de granulações específicas
 Tipos: linfócitos (20 – 50%)
monócitos (1 – 5%)
Leucócitos
Hematócrito
Sangue
Anticoagulante
(heparina)
Centrifugação
3 camadas
sedimentares
Hematócrito
 É um procedimento diagnóstico simples e
importante na avaliação de doenças
hematológicas
 Mulher = 35-45%
 Homem = 40-50%
 Policitemia: Hemácias
 Anemia:  Hemácias
Eritrócitos (hemácias)
 São discos bicôncavos sem núcleo que contêm
hemoglobina (durante a maturação, o eritrócito perde o
núcleo e outras organelas)
 A função das hemácias é transportar hemoglobina
 Estímulo para produção: baixa quantidade de oxigênio
entregue aos tecidos
 Vida média de 120 dias  digestão pelos macrófagos
(baço).

Eritrócitos (hemácias)
 Local de produção: fígado, baço e
linfonodos (gestação); medula óssea
de todos os ossos (último mês de
gestação e após o nascimento;
medula óssea dos ossos
membranosos (acima dos 20 anos de
idade)
Hemácias com dimensões anormais;
 Macrócitos:  8 μm
 Micrócitos: 6 μm
Reticulócitos: hemácias jovens que saem da medula
óssea com uma certa quantidade de ribossomos
Valores normais:
 Homem (4,1 - 6 milhões/mm3 de sangue);
 Mulher (3,9 – 5,5 milhões/mm3 de sangue).

Hemoglobina
 Proteína básica (eritrócitos são acidófilos)
 Formada por 4 subunidades, cada uma
contendo um grupo heme (contendo Fe2+)
ligado a um polipeptídeo (2 e 2, , )
 3 tipos são considerados normais:
A1 = 22 (97% da Hb do adulto)
A2 = 22 (2% da Hb do adulto)
F = 22 (1% da Hb do adulto)
Causas da anemia
 Perda de sangue ou seja hemorragia;
 Produção insuficiente de hemácias na medula óssea;
 Produção de hemácias com pouca hemoglobina,
geralmente por deficiência de ferro na alimentação;
 Destruição acelerada das hemácias;
 Doenças que provocam modificações na hemoglobina.

Leucócitos
 Células brancas do sangue
 Defesa celular e imunocelular
 Diapedese
 Quimiotaxia
 Número: 5.000 a 10.000 por mm3 no adulto
normal (700 hemácias : 1 leucócito)
 Leucocitose: aumento de leucócitos
 Leucopenia: diminuição de leucócitos
Possuem antígenos na suas membranas
(MHC/Complexo Principal de
Histocompatibilidade)
Neutrófilos
 Núcleo com 2 a 5 lóbulos (geralmente 3), ligados
entre si por finas pontes de cromatina
 60-70% dos leucócitos
 Bastonetes: células jovens, onde o núcleo não é
segmentado. Aumenta o número no sangue em
infecções bacterianas
 Hipersegmentados: neutrófilos com mais de 5
lóbulos (células velhas)
Neutrófilos
 Corpúsculo de Barr nas mulheres (cromatina
sexual ou cromossoma heterocromático x)
 Célula com grande capacidade de fagocitose
(participa dos processos inflamatórios)
 Produzem radicais livres para destruição de
bactérias fagocitadas
 Tempo de vida: 4 a 8h no sangue e ± 5 dias nos
tecidos

Eosinófilos
 Menos numerosos (2-3% dos leucócitos)
 Núcleo em geral bilobubado;
 Granulações ovóides (eosina  acidófilos), importante
para a identificação
 Atuam no combate a parasitas
 Fagocitose de complexos antígenos-anticorpos ( nas
alergias, asma e reações à drogas - eosinofilia)
Eosinófilos
 São atraídos para áreas de reações alérgicas
pela histamina (basófilos e mastócitos)
 Sua atividade defensiva é realizada pela
liberação do conteúdo de seus grânulos para o
meio extracelular e fagocitose de complexos
antígeno-anticorpo
 Os corticoesteróides diminuem a quantidade
de eosinófilos no sangue
 Tempo de vida: 4 a 8h no sangue e ± 5 dias
nos tecidos

Basófilos
 Núcleo volumoso de forma irregular e retorcida
(“S”).
 Grânulos grandes: heparina, histamina; fator
quimiotáxico para neutrófilos e eosinófilos
 Menos de 1% dos leucócitos (difícil visualização).
 Participam dos processos alérgicos e possuem
receptores para imunoglobulinas E
 Tempo de vida: 4 a 8h no sangue e ± 5 dias nos
tecidos

Linfócitos
 Células pequenas esféricas (6-18 μm);
 Núcleo esférico grande; pouco citoplasma;
 Aumentam em número na resposta viral;
 2 tipos básicos: Linfócito B e Linfócito T
 Os linfócitos são menores que os monócitos.
Linfócitos
 São produzidos quando em contato com um
antígeno. Ocorre a produção de CÉLULAS B E
T PARA DESTRUIÇÃO DOS ANTÍGENOS e
CÉLULAS B E T DE MEMÓRIA IMUNOLÓGICA.
Assim quando há exposição subseqüente ao
mesmo antígeno, a liberação de células T
ativadas ou plasmócitos ocorre de maneira
muito mais rápida e mais potente do que da
primeira vez
Linfócito B
 Local de produção: medula óssea,
posteriormente é armazenado nos órgãos
linfógenos (fígado, baço e linfonodos)
 Tempo de vida: saem dos órgãos linfógenos,
ficam algumas horas na circulação e vão para
os tecidos(semanas, meses ou anos)
 Função: secretam anticorpos que são agentes
reativos capazes de se combinar com
antígenos e destruí-los.
Linfócito T
 Local de produção: começa sua produção na
medula óssea, completa sua maturação no
timo e se aloja nos órgãos linfógenos (timo,
baço e linfonodos)
 Tempo de vida: saem dos órgãos linfógenos,
ficam algumas horas na circulação e vão para
os tecidos (semanas meses ou anos)
 Função: desenvolvem grande diversidade que
lhes permite reagir com antígenos específicos

Monócitos
 Núcleo ovóide ou em forma de rim ou
ferradura (mais maduros);
 A cromatina aparece em arranjo mais frouxo e
delicado do que nos linfócitos
 Presentes nas inflamações (fagocitose)
 Tempo de vida: 10 a 20h no sangue
 Nos tecidos é denominado MACRÓFAGO

Plaquetas
 Local de produção: medula óssea
 Duração: 10 dias no sangue
 Função: importante papel na
hemostasia

Doenças relacionadas com os
leucócitos
 Doenças auto-imunes
 Leucopenia
 Leucemias

EPITÉLIOS GLANDULARES

• Os epitélios glandulares são responsáveis pela
elaboração de substâncias que serão lançadas para
o meio interno ou externo do organismo;
• Estas substâncias são chamadas de secreções;
• As secreções podem ser mais ou menos fluidas e
têm um conteúdo variado de proteínas, glicídios e
lipídios.
Epitélios Glandulares
• Os epitélios glandulares formam as
glândulas. As glândulas se originam dos
epitélios de revestimento, pela
proliferação de suas células, com
invasão do tecido conjuntivo
subjacente e posterior diferenciação.
Epitélios Glandulares
A atividade de uma
glândula depende
principalmente de
estímulos nervosos
(neurotransmissores) e
hormonais.
Critérios de classificação das glândulas
– De acordo com o número de células que forma
a glândula;
– De acordo com forma de liberação da secreção
da glândula
– De acordo com a maneira pela qual o produto
de secreção sai da célula
– De acordo com o tipo de secreção

De acordo com o número de células
que forma a glândula
• Glândulas unicelulares: são glândulas formada
por uma única célula.
– EX: células caliciformes (produz muco) no intestino
delgado, traquéia e brônquios.
• Glândula pluricelulares: são glândulas formadas
por muitas células.
– EX: demais glândulas do corpo.

De acordo com forma de liberação da
secreção da glândula
• Glândula exócrinas: são glândulas que lançam sua
secreção através de um ducto secretor na superfície
ou cavidades do corpo.
– EX: glândulas salivares, sudoríparas.
• Glândula endócrinas: são glândulas que lançam sua
secreção na corrente sangüínea. Não apresentam
ducto secretor.
– EX: adrenal, hipófise, tireóide.
• Glândulas anfícrinas: são glândulas endócrinas e
exócrinas ao mesmo tempo.
– Ex.: pâncreas

De acordo com a maneira pela qual o produto de
secreção sai da célula
• Glândulas merócrinas: sai da célula apenas o
produto de secreção.
– Ex.: glândulas salivares, pâncreas exócrino.
• Glândulas holócrinas: toda a célula é
secretada.
– Ex.: glândulas sebáceas da pele.
• Glândulas apócrinas: apenas a parte superior
da célula, pólo apical, é secretada.
– Ex.: glândulas sudoríparas.


De acordo com o tipo de secreção
• Glândulas de secreção mucosa: secretam muco,
substância viscosa de função protetora e lubrificante
rica em mucopolissacarídeos que nas preparações
histológicas aparecem fracamente coloridas.
• Ex.: glândulas esofagianas.
• Glândulas de secreção serosa: têm secreção fluida e
rica em proteínas (glicoproteínas). Nas preparações
histológicas se colore intensamente.
• Ex.: secreção exócrina do pâncreas e parótida.
• Glândulas seromucosas ou mistas: têm secreção
serosa e mucosa.
• Ex.: glândula sublingual, (glândula salivar).

GLÂNDULAS ENDÓCRINAS
• Tipo cordonal: é formada por um maciço de
células que se dispõem em cordões que se
anastomosam entre si.
– Ex.: adrenal, hipófise, paratireóide e ilhotas de
Langerhans do pâncreas fígado
• Tipo vesicular: é formada por vesículas cuja
parede é constituída por uma única camada celular
que limita o espaço onde a secreção é acumulada.
– Ex.: tireóide

GLÂNDULAS EXÓCRINAS
• De acordo com o número de ductos:
1. Simples: com um único ducto excretor, sem
ramificações.
2. Composta: com o ducto excretor
ramificado.

GLÂNDULAS EXÓCRINAS
• De acordo com a porção secretora:
1. Acinosa: com adenômero esférico.
2. Tubular: com adenômero tubular.
3. Tubuloacinosa: tanto o ácino como o túbulo que
formam a glândula, são secretores.
OBS: Glândula simples com mais de uma porção
secretora: Ramificada

Tumores Epiteliais
• Tumores (malignos) derivados dos
tecidos epiteliais:
1.CARCINOMAS
2.ADENOCARCINOMAS (epitélio glandular)
Metaplasia
• Transformação reversível de um tipo de tecido em
outro (não é exclusiva do epitélio)
Exemplos:
• Epitélio pseudo-estratificado da traquéia e
brônquios, sob a ação da fumaça do cigarro, se
transforma em epitélio estratificado pavimentoso
• Em indivíduos com deficiência de vitamina A, os
tecidos epiteliais presentes nos brônquios e bexiga
são substituídos por epitélio estratificado
pavimentoso.
Inervação
• A maioria dos tecidos epiteliais é
ricamente inervada por terminações
nervosas provenientes de plexos
nervosos da lâmina própria
Renovação
• A taxa de renovação é variável:
 Epitélio intestinal: totalmente substituído a cada
semana
 Fígado e pâncreas: bastante lenta
• Em tecidos estratificados e pseudo-estratificados as
mitoses ocorrem na camada basal do epitélio, camada
mais próxima à lâmina basal, onde se encontram as
células-tronco desses epitélios.

TECIDO CARTILAGINOSO

Funções
 Desempenha a função de suporte de tecidos
moles
 Reveste superfícies articulares, onde
absorve choques e facilita os deslizamentos
 É essencial para a formação e o crescimento
dos ossos longos
Composição
 Células (condrócitos e condroblastos)
 Matriz Cartilaginosa (colágeno, elastina,
glicosaminoglicanas, proteoglicanas e
gliproteínas)
OBS: As cavidades da matriz ocupadas por
condrócitos são denominadas lacunas (uma
lacuna pode conter dois ou mais condrócitos)
Composição
Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a consistência
firme das cartilagens se deve principalmente às ligações
eletrostáticas entre as GAGs sulfatadas e o colágeno, e
a grande quantidade de moléculas de água presas a
essas GAGs (água de solvatação). Isso confere turgidez
a matriz e atua como sistema de absorção de choques
mecânicos ou mola biomecânica (articulações)
Características Gerais
 O tecido cartilaginoso não possui vasos
sanguíneos, sendo nutrido pelos capilares do
tecido conjuntivo envolvente (PERICÔNDRIO).
Exceção: cartilagens que revestem as
articulações
 É desprovido de nervos
 É desprovido de vasos linfáticos
Histogênese
 No embrião, as cartilagens se formam a partir do
mesênquima. As células mesenquimais vão dar origem
aos condroblastos. Começa a síntese da matriz o que
afasta os condroblastos uns dos outros. A diferenciação
das cartilagens se dá do centro para periferia, de modo
que as células mais centrais já são condrócitos e as
mais periféricas ainda são condroblastos típicos. O
mesênquima superficial vai formar o pericôndrio

Características Gerais
 O funcionamento dos condrócitos e crescimento das
cartilagens depende de um balanço hormonal
adequado. Síntese de proteoglicanas é acelerada pela
tiroxina e testosterona e diminuída pela cortisona,
hidrocortisona e estradiol. Hormônio do crescimento
induz a síntese de somatomedina C pelo fígado o que
aumenta a síntese de condroblastos.
Características Gerais
 As cartilagens crescem por proliferação dos
condrócitos centrais (crescimento intersticial) e
principalmente por adição de novos à sua superfície
(crescimento aposicional)
 Quando lesadas as cartilagens não se regeneram
bem. A cartilagem que sofre lesão regenera-se com
dificuldade e geralmente de modo incompleto
(exceto em crianças de pouca idade). No adulto a
regeneração se dá pela atividade do pericôndrio
Estrutura Básica das Cartilagens
Tipos de Tecido Cartilaginoso
 Cartilagem Hialina
 Cartilagem Elástica
 Cartilagem Fibrosa (Fibrocartilagem)
Cartilagem Hialina
 É o tipo mais freqüentemente encontrado no corpo
humano
 Forma o 1º esqueleto do embrião, que é
posteriormente substituído por tecido ósseo
 Entre a diáfise e epífise dos ossos longos em
crescimento observa-se o disco epifisário de
cartilagem hialina (responsável pelo crescimento do
osso em expansão

Cartilagem Hialina
 No adulto é encontrada na parede das fossas
nasais, traquéia, brônquios, extremidade ventral
das costelas e recobrindo as superfícies
articulares dos ossos longos
 A matriz é formada por fibrilas de colágeno tipo
II, associados a proteoglicanas muito hidratadas
e glicoproteínas adesivas. Possui pericôndrio

Cartilagem Elástica
 É encontrada na orelha, epiglote e na
cartilagem da laringe
 É semelhante a cartilagem hialina, porém
inclui, além das fibrilas de colágeno, uma
abundante rede de fibras elásticas
 Também possui pericôndrio

Cartilagem Fibrosa
 É resistente a trações e caracteriza-se pela
presença de feixes de fibras colágenas tipo I
(tecido com características intermediárias entre
o tecido conjuntivo denso e a cartilagem hialina)
 É encontrada nos discos intervertebrais, nos
pontos em que alguns tendões e ligamentos se
inserem nos ossos e na sínfise pubiana
Cartilagem Fibrosa
 Não existe pericôndrio. A fibrocartilagem está
sempre associada ao tecido conjuntivo denso,
sendo impreciso o limite entre os dois.
OBS: os discos intervertebrais estão localizados entre
os corpos das vértebras e unidos a elas por
ligamentos. Funcionam como coxins lubrificados
que previnem o desgaste das vértebras durante os
movimentos da coluna espinhal. Protegem as
vértebras contra impactos.